A Fundação Padre Albino, o DRS-XV e o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, diante do agravamento do cenário da pandemia da COVID-19, fizeram articulações neste final de semana e vão transferir os pacientes com patologias não-COVID da enfermaria geral do Hospital Emílio Carlos para hospitais da região. Esta ação vai possibilitar a abertura de 15 novos leitos de UTI COVID, que serão atendidos pela equipe de profissionais transferida da Enfermaria, pois a dificuldade na contratação de profissionais continua e vem se agravando.
“A abertura dos novos leitos só será possível porque a Fundação Padre Albino, com recursos próprios, de aproximadamente R$ 2.500.000,00, adquiriu 15 respiradores, 15 monitores, dois eletrocardiogramas, um monitor de transporte, dentre outras necessidades”, informou o presidente da Diretoria Executiva, Reginaldo Donizeti Lopes. O presidente acrescentou que o Governo do Estado irá colaborar custeando as diárias dos novos leitos.
O presidente lembrou que desde março de 2020 a Fundação Padre Albino mantém 20 leitos de UTI contratualizados com o SUS ao valor de R$ 1.600,00 a diária, insuficiente para cobrir o custo da operação. Ele citou exemplo de estudo realizado pela Planisa, líder em soluções de gestão de saúde, realizado em sete hospitais brasileiros de referência para atendimento à Covid-19, cujo custo unitário dos pacientes, para um dia de internação, foi de R$ 2.234 para paciente de cuidados intensivos. Os dados completos do estudo estão em https://planisa.com.br/site/covid-19-custo-mediano-de-diaria-em-uti-e-de-r-2-234/
Diante do alto valor desse investimento, não previsto para esse momento, a Fundação Padre Albino está lançando campanha de arrecadação junto às empresas e à comunidade para ajudá-la no pagamento desses equipamentos. “Os custos são altíssimos, pois equipamentos, materiais, medicamentos e insumos estão tendo seus preços elevados devido à alta na demanda”, emendou Reginaldo Lopes.
A diretora de Saúde e Assistência Social, Renata Rocha Bugatti, disse que a situação é de calamidade. “A Unidade para Respiratórios Agudos está superlotada. Nesta quarta-feira, a Enfermaria com 100% e a UTI, com 110%. Nas últimas 24 horas, infelizmente, fomos obrigados a recusar internação de 167 pacientes, entre enfermaria e UTI”, informou ela.
Renata ressaltou que grande parte da resolução do problema é a atitude positiva da população, usando máscara, álcool gel e higienizando as mãos e, principalmente, evitando aglomeração, só saindo de casa em casos de extrema necessidade.